6.12.12

DESENCONTROS


Quando os dias se encontram provocando o desencontro com o dia anterior, a alma chora. Luto silencioso...

- Cabe a quem julgar o descabido?

- De onde venho e para onde tenho ido?

A memória se perde na criação. O dia encontra, na mesma noite, o início e o fim da despedida. Morte que chora reencontrando a vida.

Às vezes, mas somente às vezes, me dou esse direito prazeroso mesmo com o risco do efeito delituoso.

Entre o devaneio que aquieta a mente e a demência, um lapso de sentido.

- Perdido?

- Talvez.

- Mas quem se encontra em meio a tantos desencontros esquecidos?

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