8.3.14

Encontro



Naquela noite o tango me arrancou a alma.
O vinho, intenso rubi, sangrou a epiderme.
Era poesia em versos de saudade.
Tom, Tom, Tom, violancelo batendo no piano.
Trim, Trim, Trim, violino dizendo sim.
Musa de cabelos negros derrubados sobre os braços meus.
Quero a noite da alma arrancada sem adeus.
Beijos embriagados de melodia.
Viver a noite sem esperar o dia.
Em Buenos Aires, perdi-me em bailados que afogam a dor.
Encontrei-me em meio ao tango, aconchegado de amor.

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